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STF divulga áudios atribuídos a Mauro Cid em conversas no Instagram; veja

O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou, na última segunda-feira (16), áudios atribuídos ao tenente-coronel Mauro Cid, enviados pelo Instagram a partir do perfil @gabrielar702.

O advogado Eduardo Kuntz, que atua na defesa de Marcelo Câmara, um dos réus da ação penal do plano de golpe, afima ter mantido conversas com Cid pelo Instagram nos primeiros meses de 2024.

A revelação foi feita dias após a revista Veja publicar capturas de tela de mensagens trocadas pelo perfil com um interlocutor não identificado.

Veja o conteúdo dos áudios

Sentimento de abandono

Cid teria afirmado em mensagens de áudio que se sentia abandonado por aliados, chegando a criticar o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, por não defender sua situação.

“Valdemar deu entrevista, falou do Max, do Cordeiro e de mim. Ah, que legal, né? O Valdemar não defende o Max, o Cordeiro e também não nos defende. Então assim, é complicado, é complicado você se sentir isolado”, disse Cid.

Perdeu tudo

O tenente-coronel alegou, em suposto áudio a advogado, que foi o único “que perdeu tudo” após as investigações sobre tentativa de golpe. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) chegou a citar que o ex-presidente, ao menos, “ganhou milhões em Pix”.

“O Braga Netto, quatro estrelas, chegou ao topo… reserva. General Heleno, chegou ao topo… reserva. Presidente, ganhou milhões aí em Pix, chegou ao topo. Tudo bem, todo mundo no mesmo barco. E quem que se f**? Quem perdeu tudo? Fui eu”, afirmou.

Nunca usou a “palavra golpe”

Em outro áudio, o militar afirmou que nunca usou “palavra golpe” durante seu depoimento à Polícia Federal (PF) e, ainda assim, ela teria sido usada no processo diversas vezes.

“Cara, vou te dizer, esse troço está entalado, cara. Está entalado. Você vê que o cara botou a palavra golpe, cara. Eu não falei uma vez a palavra golpe”, afirma.

Entrevista à revista

Em capturas de telas das mensagens supostamente enviadas por Cid, o ex-ajudante de ordens confirma ter conversado com a revista Veja. Na ocasião, a revista divulgou áudios em que o militar dizia estar sendo pressionado pela PF a delatar “coisas que não sabia”.

Falta de apoio

Em outro áudio, o delator teria afirmado não ter “apoio nenhum” no âmbito das investigações.

“Ah, é porque não tem apoio nenhum, zero, quem vai me apoiar? Rogério Marinho? Não vai. Os deputados e senadores de direita? Não vão me apoiar. E quem vai me apoiar, o povo?”.

Mídias sociais de direita

O tenente-coronel teria criticado em mensagens as “mídias sociais alinhadas à direita” e afirmou que vinha sendo alvo constante de ataques. Segundo ele, essas plataformas o culpavam por notícias negativas, enquanto atribuíam as positivas exclusivamente ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

“E as próprias mídias sociais de direita são voláteis, né? Sai uma besteira na Veja, sai uma besteira no Globo, e aí começam a me atacar. Mas quando sai alguma coisa positiva que eu falei [dizem]: ‘Tá vendo? O presidente é que não fez nada’. Só que, quando é pra criticar, me criticam”, afirmou Cid.

“Família sofrendo”

Em um dos áudios atribuídos a Cid, ele lamenta a situação de sua família diante da investigação da trama golpista.

“Até me emociono quando eu falo, porque são coisas assim que é só quando a gente passa que a gente vê o problema mesmo, porque assim, uma coisa é você, a gente apanha, fica preso, mas quando a gente vê a família sofrendo por sua causa, aí o negócio pesa”, afirmou.

*Com informações de Teo Cury

*Sob supervisão de Renata Souza

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